Conheça personagens LGBTs que inspiram LGBTs - Parte 2

Quem não gosta de ver um filme ou seriado e se identificar com os personagens?! Ainda mais se formos LGBTs e esses personagens também! Afinal, é importante vermos gente como a gente, passando por coisas parecidas, enfrentando os mesmos dilemas... Felizmente, nos últimos anos, aumentou muito o número de personagens gays, lésbicas, bissexuais e trans nas telinhas e telonas. E esses personagens acabam virando nossas referências e nos inspirando! Conheça alguns que foram importantes na vida de nossos seguidores e seguidoras!

Clara e Rafaela


No ano de 2003, estava no ar "Mulheres Apaixonadas", novela das 9 da Globo, escrita por Manoel Carlos. Entre os personagens, duas lindas adolescentes chamavam a atenção, sobretudo de lésbicas e (~infelizmente) de preconceituosos: Clara e Rafaela, duas amigas que frequentavam o mesmo colégio e tinham uma "amizade especial", o que acabou gerando comentários (~maldosos) de seus colegas. Mas felizmente as duas seguiram firmes até o final, com direito até a um selinho, embora uma estivesse vestida de homem, na recriação da peça "Romeu e Julieta" de Shakespeare. De qualquer forma, foi um grande avanço para os padrões (~conservadores) da época.

"O casal Clara e Rafaela da novela Mulheres Apaixonadas me marcou muito na adolescência. Foi a primeira vez que vi personagens lésbicas jovens na TV brasileira. Elas viviam uma vida normal na escola onde estudavam, até que começam a ser perturbadas pela mãe da Clara e por uma colega de turma homofóbica. Antes desses acontecimentos o relacionamento das duas era normalizado na narrativa e era importante ver que elas tinham apoio de muitos conhecidos e amigos", afirmou a seguidora Mari.

Kurt Hummel


Interpretado por Chris Colfer, foi o primeiro personagem abertamente gay de "Glee", popular série musical criada por Ryan Murphy que foi ao ar entre 2009 e 2015 e fez grande sucesso por seus covers criativos. "Ele foi minha primeira inspiração para aceitar quem eu realmente sou, abriu meus olhos para ver que eu poderia ser quem eu quisesse sem ligar pra julgamentos que poderiam me aparecer. O modo que ele age e se veste me abriu um caminho para me encontrar e ser feliz comigo mesmo. Hoje sou muito grato por ser representado por um personagem que me moldou tanto!", afirmou o seguidor João.

"Kurt é tão eu que parece que via meu reflexo a cada episódio de Glee. Comecei a assistir porque diziam que éramos parecidos. Humilhado na escola, incompreendido no início pelo pai, um outsider completo. Ele se encaixa em um lugar onde os desencaixados conseguem encontrar algo em comum por meio da música: no coral da escola. Por meio da voz diferenciada, das roupas fashionistas, do queixo erguido a cada raspadinha de gelo que levava no rosto toda semana, ele se manifestava e reafirmava quem ele era. Como minha história sempre foi muito parecida com a dele, eu me perguntava: 'O que Kurt faria?' Colocava uma música dele e encontrava forças pra ser quem eu era. Quando ele se encontra na arte, foi mais um elo que existia entre a gente. Kurt me ensinou a me aceitar, a perseverar, a resistir em tempos que essa palavra nem era tão recorrente. Me ensinou que é dever humano abraçar as causas, se colocar na linha de frente pra defender quem ama. Como eu, afeminada, forte, sensível e uma diva ❤️✨", declarou o seguidor Pedro.

Alice Pieszecki


Além de ser uma das protagonistas, Alice é uma das personagens mais fofas de "The L Word", o seriado estadunidense que fez história por trazer para a telinha uma enorme diversidade de mulheres, sobretudo lésbicas, mas com um grande espectro. E se você ainda não sabe, a série, que foi ao ar entre 2004 e 2009, vai retornar esse ano. Isso mesmo! A data de estreia será no dia 8 de dezembro. Além de apresentar gente nova, "The L Word: Generation Q" trará algumas personagens antigas, como a querida Alice Pieszecki, interpretada por Leisha Hailey.

"O que mais me cativa nela é a versatilidade. Foi uma das primeiras personagens que eu conheci que pareciam transitar entre diferentes universos, em aparência, postura, escolhas estéticas, o que mostrava que as lésbicas poderiam ser o que quisessem. Mesmo a sexualidade dela, que era bissexual, trazia um debate bem importante e diferenciava essas possibilidades", afirmou a seguidora Carol.

Michael Novotny


"Queer as Folk" foi um marco na representatividade LGBT. A versão estadunidense da série estreou no final do 2000 no canal Showtime e chegou aqui no Brasil no ano seguinte, sendo exibida no canal Cinemax com o título "Os Assumidos". O seriado fez um enorme sucesso entre o público gay, por trazer questões superpertinentes à nossa comunidade e personagens homossexuais com diferentes perfis, como o fofo Michael Novotny, interpretado por Hal Sparks.

"O Michael era o personagem de Queer as Folk que mais me representava. E a série também foi um marco pra mim na minha história de me assumir e ter orgulho de ser gay", nos contou o Fabio do @viagenscine!

Poussey Washington e Suzanne Warren


"Orange Is The New Black" é outro seriado muito representativo para nossa comunidade, por trazer personagens lésbicas, bissexuais e trans, e por dar visibilidade a grupos marginalizados pela sociedade, como as negras e as latinas. A série estadunidense, que estreou na Netflix em 2013 e teve sua última temporada lançada há pouco tempo, mostra como é difícil a vida atrás das grades e humaniza as detentas, mostrando que muitas estão ali por serem vítimas de uma sociedade injusta, preconceituosa e racista. São muito comoventes os flashbacks que nos contam suas histórias de vida.

Entre as personagens, temos duas que foram citadas pela nossa seguidora Priscila: "As personagens que me inspiram são Suzanne Warren e Poussey Washington. As duas presidiárias personagens da série Orange Is The New Black trouxeram diversidade para a representação de LGBTs nas séries americanas e isso tocou muitas pessoas como eu, que puderam finalmente se ver mais bem representadas enquanto mulheres negras e lésbicas. As personagens são muito bem construídas, são fortes e muito marcantes pra série. Ah, e não posso esquecer de mencionar também a Sophia Burset."

Dumbledore


Albus Percival Wulfric Brian Dumbledore é um dos grandes mestres de Hogwarts, a Escola de Magia e Bruxaria do fantástico mundo de "Harry Potter", saga de J. K. Rowling que virou febre no mundo todo. Apesar de sua sexualidade não ficar evidente nem nos livros, nem nos filmes, a autora declarou posteriormente que ele era gay. O fato em geral foi bem recebido pelo público, afinal ele é um dos maiores bruxos de todos os tempos, mas algumas pessoas criticaram, pois gostariam que isso estivesse mais visível. Bom, de qualquer forma, é algo que ainda pode ser mais explorado na franquia "Animais Fantásticos", vamos torcer e aguardar. E, claro, Dumbledore é uma grande inspiração para alguns seguidores.

Um deles é o Emanuel: "A saga de Harry Potter marcou minha vida e ter uns dos bruxos mais poderosos como gay é um grande motivo de orgulho, não faz muito tempo que li sobre isso e quando soube tive uma alegria imensa. Dumbledore teve uma uma trágica história de amor e conseguiu nisso uma força tremenda, o que nos serve de exemplo pra vida inteira. Obrigado J. K. Rowling por esse grande personagem."

Outra é Carol: "Ele tem toda uma força, né? Além de um ótimo Bruno, meu Deus, é uma das melhores pessoas de Hogwarts ❤️😍". E também o Felipe: "Ele me inspira primeiramente por toda a fama dele ser em torno do que ele faz e não por ser simplesmente gay (como sempre é estereotipado). Por eu ter acompanhado toda a história pelos livros vejo por tudo que ele passou e o quanto ele evoluiu como pessoa, e que as 'decisões erradas' que ele fez (por mais que atormentassem ele interiormente) não fizeram dele uma pessoa má, pelo contrário, tornaram ele a pessoa mais influente de seu tempo e com as decisões mais sensatas."

Blanca Evangelista


Criada por Ryan Murphy, mestre da representatividade LGBT na TV, "Pose" retrata a cena underground de Nova York no final dos anos 80 e início dos 90. É a série com o maior número de trans no elenco. Entre elas, Mj Rodriguez, que interpreta Blanca Evangelista, mulher trans que, após descobrir estar com o vírus HIV, resolve criar uma casa para abrigar jovens gays e trans que foram expulsos de casa. Lançada em 2018, "Pose" foi renovada para a terceira temporada, que deve estrear ano que vem no Canal FX.

Blanca é uma inspiração para Bruno: "Pela coragem de ser quem era, em uma época na qual a sociedade era bem mais preconceituosa. De ser forte o suficiente para saber que tinha HIV em uma época em que os gays eram culpados por essa doença e condenados a morrer pela falta de tratamento. E mesmo assim, ela se preocupava mais com as pessoas da comunidade LGBTQI+, a ponto de criar sua própria casa (Evangelista) e dar um lar para eles. Mesmo tendo pouco, ela dividia tudo!"

Fabi também se inspira com ela: "A Blanca é uma personagem muito importante para mim por mostrar muita força emocional para tratar dos problemas sensíveis relacionados à sua família. Sua presença me inspira a continuar minha transição e a ser forte frente aos riscos que nossa comunidade sofre. Além de ter um coração gigantesco, capaz de perdoar aos mais ofensivos, pois ela enxerga a necessidade que temos de nos unir, sob uma mesma bandeira LGBTQ+. Blanca para mim é força e união :3"

Ai, ai, quantos personagens maravilhosos e depoimentos incríveis!! <3
Agradeço muito a todxs que compartilharam com a gente! É realmente muito inspirador!

E se você não viu a primeira parte, aqui está o link:
Conheça personagens LGBTs que inspiram LGBTs - Parte 1

Teve também o post das pessoas LGBTs que inspiram LGBTs:
LGBTs que inspiram LGBTs! <3

Por Tiago Elídio...

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