Exposição apresenta produção de Leonilson inédita em São Paulo

Entre os dias 20 de fevereiro e 19 de maio, o Centro Cultural FIESP, na Avenida Paulista, recebe a exposição "Leonilson: Arquivo e Memória Vivos", com mais de 120 obras do artista, privilegiando trabalhos pouco ou nunca vistos em São Paulo. Nascido em 1957 em Fortaleza e morto em 1993 em São Paulo, com apenas 36 anos, em decorrência da Aids, Leonilson é um dos grandes nomes da arte brasileira das últimas décadas.

Leonilson - Imagem: Acervo Projeto Leonilson

A exposição, com curadoria de Ricardo Resende, acontece mais de 20 anos depois da primeira grande retrospectiva de Leonilson, realizada na Galeria de Arte, em 1995, momento em que se descobriu um conjunto de seus trabalhos que se tornaram icônicos posteriormente. Resultado da pesquisa e publicação em 2017 do catálogo raisonné do artista, a mostra traz à luz pinturas, desenhos e bordados que ficaram por décadas restritos em coleções particulares e institucionais, sem que pudessem vir a público porque eram desconhecidos.

"O que ele está fazendo" (1986), Leonilson - Imagem: Jaime A./Divulgação

"O trabalho de Leonilson é excepcionalmente sensitivo. É no uso do repertório gráfico que ele expressa a sua visão de mundo, inconfundível no manejo das formas dos símbolos, do desenho, das palavras, no formato dos textos, narrativas históricas e histórias que criava", afirma o curador. Seus trabalhos eram autobiográficos e serviam como páginas de um diário. Neles estão expostos sentimentos, sexualidade, relações amorosas, condição humana, família, amigos, todos constituindo uma "cartografia do afeto", que é expressa na imagem de correntezas, rios, cachoeiras, montanhas, oceanos. "Ao mesmo tempo que toca pela delicadeza e simplicidade dos materiais utilizados, por outro lado fere como uma punhalada com suas verdades incontestes", completa Resende.

"Jogos Perigosos" (1990), Leonilson - Imagem: Acervo Projeto Leonilson

Leonilson expunha tudo sobre o papel, a lona e o tecido. Uma "confusão" assumida de valores e emoções de um ser curioso pelas coisas do mundo. É esta memória e arquivo vivos, o que ficou e o que se apresenta agora.

"Rua certa; dia certo" (1990), Leonilson - Imagem: Divulgação

Leonilson: Arquivo e Memória Vivos
Centro Cultural FIESP 
Av. Paulista, 1313, São Paulo
De 20 de fevereiro a 19 de maio
Terça a sábado, das 10h às 22h
Domingo, das 10h às 20h
Entrada Gratuita

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