O Museu Tate Britain, em Londres, apresenta exposição sobre a arte queer britânica

Entre os dias 5 de abril e 1º de outubro, o Tate Britain, em Londres, apresenta pela primeira vez uma exposição dedicada à arte queer britânica produzida entre 1861, data em que a sodomia deixou de ser punida com a morte na Inglaterra e no País de Gales, e 1967, quando o sexo privado e consentido entre dois homens acima de 21 anos deixou de ser crime nestes dois territórios.

Os críticos (1927) de Henry Scott Tuke - Imagem: Warwick District Council (Leamington Spa, UK)

A mostra explora como artistas se expressavam em uma época em que os pressupostos estabelecidos sobre gênero e sexualidade estavam sendo questionados e transformados. "Este período é crucial, porque até este momento, gênero e sexualidade permaneceram quase indefinidos socialmente, ou pelo menos sem rótulos. E então, com a Primeira Guerra Mundial, novos nomes e rótulos chegaram, embora é claro que, muitas vezes, ainda causando angústia. Mas se tornam uma faceta central da identidade", afirma Clare Barlow, curadora da mostra em entrevista ao The Guardian.

Autorretrato (1942) de Gluck (Hannah Gluckstein) - Imagem: National Portrait Gallery (Londres)

Obras profundamente pessoais e íntimas são apresentadas ao lado de outras destinadas a um público mais amplo, que ajudaram a forjar um senso de comunidade, quando a terminologia moderna de 'lésbica', 'gay', 'bissexual' e 'trans' ainda não era reconhecida. Juntas, revelam uma notável variedade de identidades e histórias, do lúdico ao político e do erótico ao doméstico.

Desenho de dois homens se beijando (1958-73) de Keith Vaughan - Imagem: DACS/Estate of Keith Vaughan

Com pinturas, desenhos, fotografias pessoais e filme de artistas como John Singer Sargent, Gluck, Dora Carrington, Duncan Grant, Keith Vaughan, David Hockney e Francis Bacon, o museu celebra a diversidade da arte queer britânica como nunca antes e comemora os 50 anos da descriminalização da homossexualidade na Inglaterra e no País de Gales. Portanto, se você vai estar em Londres nesse período, não deixe de conferir! Mas prepare o bolso! A entrada custa 16,50 libras! :O Isso mesmo! Mas vale lembrar que, enquanto as exposições temporárias são pagas, as coleções permanentes geralmente são gratuitas! ;)

Safo e Erina em um Jardim de Mitilena (1864) de Simeon Solomon - Imagem: Tate

Para mais informações, acesse a página oficial da exposição aqui.
E para se aprofundar, recomendo estes artigos do The Guardian (em inglês):
Rainbow flag to fly over Tate Britain to mark first queer British art show
Tate Britain celebrates 50 years of gay freedom
Queer British Art 1861-1967 review – strange, sexy, heartwrenching

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