Exposição inédita sobre arte queer é destaque em Porto Alegre

Entre os dias 16 de agosto e 8 de outubro, o Santander Cultural de Porto Alegre recebe a exposição "Queermuseu – Cartografias da diferença na arte brasileira". Trata-se de uma iniciativa inédita que explora a diversidade de expressão de gênero e a diferença na arte e na cultura em um período que vai de meados do século XX aos dias atuais. São apresentados 85 artistas e mais de 260 obras nas mais diversas modalidades artísticas, como pintura, gravura, fotografia, serigrafia, desenho, colagem, cerâmica, escultura e vídeo.

"Travesti da lambada e deusa das águas" (2013), obra de Bia Leite - Imagem: Divulgação

A curadoria realizada por Gaudêncio Fidelis propõe um diálogo entre as obras e promove o questionamento entre realidade material e conceitual e seus desdobramentos. “Uma exposição queer, que busca não ditar ou prescrever regras, discute questões relativas à formação do cânone artístico e a constituição da diferença na arte. Para esta plataforma curatorial levei em conta aspectos artísticos, culturais e históricos de cada trabalho”, afirma o curador.

"Projeto MailArt - GAY-I-VOTA" (1981), obra de Rogério Nazári com interferência de diversos artistas - Imagem: Divulgação

Ainda de acordo com Gaudêncio, "Queermuseu" busca promover a 'descolonização' da forma artística avançando para uma abordagem sobre a expressão e identidade de gênero, deixando de lado a concepção de gênero como uma categoria binária. Esse caráter exploratório assume uma investigação cartográfica não tradicional dentro de uma estratégia assimétrica, com o objetivo de atravessar uma extensa variedade de problemas artísticos que dizem respeito às questões de gênero e sua diversidade sob uma perspectiva queer não normativa.

"Sem título" (2009), obra de Nino Cais - Imagem: Divulgação

Esta é, sobretudo, uma exposição que pretende dar projeção à arte e à cultura, através das inúmeras questões artísticas que ultrapassam os mais diversos aspectos da vida contemporânea, na constituição formal dos objetos, nos hábitos, nos costumes, na moda, na diversidade comportamental e geracional, na estética, na percepção da cor, nos desdobramentos do corpo ao longo da história e em inúmeras outras manifestações que, em última análise, são determinantes na construção do gênero, da diversidade e da diferença pela cultura.

"Ataque Automático" (1985), obra de Milton Kurtz - Imagem: Divulgação

Entre os artistas que fazem parte da exposição, estão tanto nomes já consagrados, quanto novos expoentes da cena artística, além de importantes artistas gaúchos. Abaixo a lista completa. Imperdível! ;)


Ah, e vale lembrar que também está rolando no Santander Cultural, até 30 de agosto, a mostra "Queer Cinema", com filmes que buscam desmistificar o padrão heteronormativo com uma seleção marcada pela diversidade, multiplicidade e pluralidade. Para conferir a programação completa, é só acessar aqui.

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