Viagem cinematográfica: USA em AHS - Freak Show
Por Luiz Sanches
Freak Show conta a história de um grupo marginalizado e infame que durante o dia é excluído e achincalhado pela sociedade, mas à noite, quando a escuridão aparece e fala sobre mistérios e o desconhecido, quando a lógica enfraquece e a imaginação é incentivada, este grupo de pessoas diverte, encanta e é aplaudido por esta mesma sociedade.
Vistos como escória social, essa gente serve como válvula de escape para os higienizados cidadãos, suprindo seus desejos secretos.
Uma mulher com um pênis e uma vagina, além de três seios, um michê com providenciais mãos de lagosta, uma mulher robusta de dois metros de altura e rosto imaculado, irmãs siamesas que dividem o mesmo corpo e buscam um parceiro que agrade simultaneamente às duas, um atlético e sensual francês de 90 centímetros de altura, uma mulher barbada e uma ex-dominatrix e atriz pornô snuff sem pernas que canta David Bowie num terno azul são alguns dos talentosos artistas da trupe circense que encontraram no picadeiro a única família que tiveram.
Honestos e corajosos, eles ignoram todos os motivos para se esconderem, se amargurarem ou terem autopiedade e, à revelia social, fazem justamente o contrário, sendo alegres e livres ao se entregarem ao prazer absoluto que lhes ensinaram a negar.
O “Gabinete de Curiosidades da Senhorita Mars” deveria tratar de um mundo prestes a ser extinto, o último show de aberrações dos Estados Unidos, mas, infelizmente, trata de uma Flórida com milionários mimados e infantilizados que vivem em luxuosas mansões e num mundo completamente fantasioso de poder absoluto sobre a humanidade como o psicótico e atraente Dandy na ficção ou a real Mar-a-Lago chamada de “Casa Branca de Inverno” pelo seu proprietário , Donald Trump.
Trata do mal causado para a comunidade pelo gay enrustido da trupe, o “Homem Forte” que torce barras de aço, mas fraqueja de vergonha de ser o que é, frequentando bares gays escuros em cidades vizinhas e mantendo a sua sexualidade presa por dentro, sendo devorado de dentro para fora, capaz de qualquer coisa para não parecer uma aberração.
Ou ainda, uma previsão maquiavélica do massacre na boate Pulse da cidade de Orlando através do massacre no picadeiro das aberrações por um monstro que aparenta a normalidade social requerida.
Numa América nuclear, pós-Segunda Guerra, cheia de paranoias e com a única certeza de que a evolução da humanidade pôde avançar até o aniquilamento absurdo de tudo, um soldado retardatário mata um casal de mulheres vestindo farda militar e acusa um boneco ventríloquo, um sádico general nazista é exilado nos Estados Unidos e a polícia aceita trabalhar para o assassino.
Tudo o que Elsa Mars desejou foi ser amada, esconder as suas pernas de madeira e ser bem vista pelo público. Os freaks desabafam: “se nos conhecessem fora do show veriam que somos normais, nem melhores, nem piores”. Dandy compra o circo como seu novo brinquedo para satisfazer o seu desejo de ser ator, mas não entende que lugar é este: o palco. Para os freaks o picadeiro é uma necessidade.
Nesta história de atraentes vilões e cúmplices camuflados, as aberrações são heróis.
E a Flórida, cenário desta temporada, além de grandes parques temáticos, tem um belo litoral e cidades com muito a oferecer aos visitantes LGBT, como mostram os sites Gay Guide to Florida e Visit Florida.
Confira também os posts sobre Murder House, Asylum e Coven.
Freak Show conta a história de um grupo marginalizado e infame que durante o dia é excluído e achincalhado pela sociedade, mas à noite, quando a escuridão aparece e fala sobre mistérios e o desconhecido, quando a lógica enfraquece e a imaginação é incentivada, este grupo de pessoas diverte, encanta e é aplaudido por esta mesma sociedade.
Imagem: Cenas de American Horror Story
Vistos como escória social, essa gente serve como válvula de escape para os higienizados cidadãos, suprindo seus desejos secretos.
Imagem: Cenas de American Horror Story
Uma mulher com um pênis e uma vagina, além de três seios, um michê com providenciais mãos de lagosta, uma mulher robusta de dois metros de altura e rosto imaculado, irmãs siamesas que dividem o mesmo corpo e buscam um parceiro que agrade simultaneamente às duas, um atlético e sensual francês de 90 centímetros de altura, uma mulher barbada e uma ex-dominatrix e atriz pornô snuff sem pernas que canta David Bowie num terno azul são alguns dos talentosos artistas da trupe circense que encontraram no picadeiro a única família que tiveram.
Imagem: Cenas de American Horror Story
Honestos e corajosos, eles ignoram todos os motivos para se esconderem, se amargurarem ou terem autopiedade e, à revelia social, fazem justamente o contrário, sendo alegres e livres ao se entregarem ao prazer absoluto que lhes ensinaram a negar.
O “Gabinete de Curiosidades da Senhorita Mars” deveria tratar de um mundo prestes a ser extinto, o último show de aberrações dos Estados Unidos, mas, infelizmente, trata de uma Flórida com milionários mimados e infantilizados que vivem em luxuosas mansões e num mundo completamente fantasioso de poder absoluto sobre a humanidade como o psicótico e atraente Dandy na ficção ou a real Mar-a-Lago chamada de “Casa Branca de Inverno” pelo seu proprietário , Donald Trump.
Imagem: Cenas de American Horror Story
Trata do mal causado para a comunidade pelo gay enrustido da trupe, o “Homem Forte” que torce barras de aço, mas fraqueja de vergonha de ser o que é, frequentando bares gays escuros em cidades vizinhas e mantendo a sua sexualidade presa por dentro, sendo devorado de dentro para fora, capaz de qualquer coisa para não parecer uma aberração.
Imagem: Cenas de American Horror Story
Ou ainda, uma previsão maquiavélica do massacre na boate Pulse da cidade de Orlando através do massacre no picadeiro das aberrações por um monstro que aparenta a normalidade social requerida.
Imagem: Cenas de American Horror Story
Numa América nuclear, pós-Segunda Guerra, cheia de paranoias e com a única certeza de que a evolução da humanidade pôde avançar até o aniquilamento absurdo de tudo, um soldado retardatário mata um casal de mulheres vestindo farda militar e acusa um boneco ventríloquo, um sádico general nazista é exilado nos Estados Unidos e a polícia aceita trabalhar para o assassino.
Imagem: Cenas de American Horror Story
Tudo o que Elsa Mars desejou foi ser amada, esconder as suas pernas de madeira e ser bem vista pelo público. Os freaks desabafam: “se nos conhecessem fora do show veriam que somos normais, nem melhores, nem piores”. Dandy compra o circo como seu novo brinquedo para satisfazer o seu desejo de ser ator, mas não entende que lugar é este: o palco. Para os freaks o picadeiro é uma necessidade.
Imagem: Cenas de American Horror Story
Nesta história de atraentes vilões e cúmplices camuflados, as aberrações são heróis.
E a Flórida, cenário desta temporada, além de grandes parques temáticos, tem um belo litoral e cidades com muito a oferecer aos visitantes LGBT, como mostram os sites Gay Guide to Florida e Visit Florida.
Confira também os posts sobre Murder House, Asylum e Coven.
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